sábado, 29 de janeiro de 2011

Obrigada, leitores! :)

Oi gente,

Depois de tanto tempo sem postar - quase uma semana - volto aqui para dar um alô a vocês. Senti saudades!! rs. Essa semana foi tão cansativa e corrida que nem tempo de postar aqui eu tive. Meu carro quebrou e isso me deu um certo trabalho. Ficar sem carro em Brasília é praticamente impossível e dificulta muito a vida; mas, por sorte, tudo está se resolvendo. Pude contar com amigos maravilhosos que me ajudaram a não perder as aulas do cursinho =)

Essa semana foi tão puxada que hoje eu simplesmente apaguei de tarde, do nada, e só fui acordar muito tempo depois. Me fez bem dar essa descansada. É super importante fazer isso, mas a gente acaba ficando tão absorto em meio a livros e estudos que sempre deixamos o descanso e o lazer para depois. Isso pode ser um problema, na medida em que prejudica nosso rendimento, sem falar na nossa vida! rsrs. Graças a Deus esse final de semana foi diferente e eu consegui encontrar minhas amigas, rir bastante e descansar - além dos estudos.

A intenção desse post de hoje é, principalmente, agradecer aos leitores que têm me acompanhado por aqui e que têm procurado o blog em busca de informações sobre o concurso. É muito bom saber que há tanta gente interessada na carreira diplomática e saber que, de alguma maneira, posso ajudar vocês. Agradeço muito a todos vocês pelos comentários, pelos emails, pelos votos de sucessp. Desejo muita sorte a todos e espero mesmo que minha rotina e as informações que posto aqui sejam úteis a vocês, de algum jeito!!! ;)

Aproveito para responder a dúvida de uma leitora que me perguntou sobre a possibilidade de treineiros fazerem a prova. É, sim, possível que pessoas que ainda não são graduadas façam a prova. Eu mesma já fiz duas vezes seguidas - 2009 e 2010 - quando ainda estava no meio da faculdade. Esses candidatos apenas não poderão tomar posse, caso sejam aprovados e não tenham terminado a graduação até a época de serem empossados, após a seleção.

É isso. Muito obrigada a todos! É muito bom contar com vocês. 

Vou nessa, pois estou aqui estudando sobre peso morto e excedente do consumidor e do produtor. rsrsrsrs, um super programa para um sábado a noite!!! :)

Um grande beijo a todos vocês,

Luiza

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Estudar, estudar, estudar.



Oi gente,

Após tantos informes e comentários sobre a prova, edital e guia de estudos, resolvi postar um pouco sobre a minha rotina. Tenho sentido falta dos desabafos aqui! rsrs.

Como vocês devem saber, as inscrições abriram hoje. Estamos mais perto da prova e da carreira diplomática! Uhul!! Mas isso só me lembra o quanto ainda há por fazer. Preciso revisar todas as matérias e ainda terminas as minhas aulas!

Acho que não comentei com vocês, mas estou fazendo aulas de economia aos domingos (!!!). Sim, aos domingos. Como não tinha mais horário na minha agenda - e acho que na do professor também - escolhi fazer esse curso antes do TPS que é todo domingo, durante uns 6 finais de semana, das 3 da tarde às 7 da noite. É cansativo, mas tudo vale a pena, quando a alma não é pequena... rsrs. Força!!!

Tem sido muito bom estudar muito, principalmente agora, sem faculdade e mais perto da prova, mas confesso que tenho sentido falta de sair de casa, encontrar gente, ir ao shopping... Entrei numa rotina tão puxada que quase não faço mais essas coisas, pois acho que estou perdendo tempo de estudos. Até tenho vontade, mas fico com um pouco de peso na consciência se faço. Acho que pode ser um pouco radical da minha parte, mas acho que nessa hora é a melhor coisa a fazer. Venho estudando muito e acho que tenho uma ótima base de conhecimento, que me dá reais chances. Parar agora para descansar e curtir o solzão da janeiro não seria muito apropriado nesse momento.

Nunca quis chegar a esse ponto de ficar meio reclusa, igual a algumas pessoas que eu conhecia; mas quando a coisa chama, não há outra opção. Eu continuo levando uma vida normal - apesar de só sair para comer, e rapidamente - mas bem menos agitada e bem mais reclusa do que antes. Os livros viraram meus melhores amigos, assim como os artigos, as notícias, o economist; mas sei que é apenas nesse momento. Muito em breve isso tudo vai passar e o esforço vai ter valido MUITO a pena! É assim que nós devemos pensar quando se trata de um sonho: há um caminho que precisa ser percorrido e, depois, tudo são flores!

Meu aniversário está chegando e acho que vou passar com a família, para dar uma descansada e aproveitar um pouco antes da prova, que será em abril. Acho que vai me fazer bem; mas, até lá, vou estudar incessantemente! Ah, e devo confessar para vocês que estou achando legal ser nerd! =P hahahahahahaha..

Bom, é isso, não tenho muito o que falar. Estou no intervalo dos estudos e resolvi dar um alô.

Beijos!

Luiza

sábado, 22 de janeiro de 2011

Algumas sugestões de leitura: os livros que (certamente) não podem faltar.

Amigos,

Especulações e achismos à parte, que foi o que coloquei no meu último post, acho que a nossa missão principal é fazer uma prova bem feita, e, para isso, precisaremos de bom conhecimento.
Resolvi fazer aqui um mini apanhado com as obras que não podem deixar de ser lidas antes do CACD, pois são bibliografia obrigatória todos os anos e, provavelmente, também serão a base desse concurso de 2011. Lá vamos nós.

Para História do Brasil, acho que alguns livros são cruciais, como o História do Brasil, do Boris Fausto, e o História Geral do Brasil, da Maria Yedda Linhares Leite. Esses livros são ótimos e completos. O do Boris é de leitura mais fácil, já o da Yedda é mais complexo, tanto em conhecimento quanto em escrita. Além disso, recomendo o Navegantes, Bandeirantes e Diplomatas, do Synésio Samio Góes Filho, e o Construção da Ordem/Teatro das Sobras do José Murilo de Carvalho. Ambos os livros são excelentes e valem o investimento.

Para História Geral, acho que o livro História das Relações Internacionais Contemporâneas, do José Flávio Sombra Saraiva é ótimo, assim como o Era dos Extremos, do Eric Hobsbawm. Em geral, recomenda-se a leitura dos 4 volumes do Eric Hobsbawm: Era das Revoluções, Era do Capital, Era dos Impérios e Era dos Extremos. Quem quiser e puder ler, recomendo, são ótimos, mas quem não puder, leia apenas o último volume, que é o mais indicado para a prova. Além disso, o livro o Século XX, dividido em três volumes, também é ótimo, pois fala sobre os mais diversos temas. Leituras de livros de colégio também ajudam, para gravar melhor os fatos - não a historiografia.

Para Política Internacional, a bíblia se chama HPEB - História da Política Exterior do Brasil,. do Amado Cervo e do Clodoaldo Bueno. Esse é o livro. Claro que há outras matérias em PI, mas esse livro é o mais imprescindível de todos. Além dele, os dois volumes do Relações Internacionais do Brasil: Temas e Agendas, do Antônio Carlos Lessa e do Henrique Altemani também são sensacionais. As demais matérias de PI você consegue pegar com bastante leituras de jornais ou lendo sobre assuntos como Mercosul, OMC, OEA, mas aí nao há um livro apenas que seja recomendado, é preciso fazer uma seleção de artigos etc. Para isso recomendo o portal scielo, que possui a Revista Brasileira de Política Internacional lá, com vários artigos maravilhosos. O link é http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0034-7329&lng=pt Você joga o tema ou a palavra chave e os artigos aparecem, e pode confiar, todos são mto bons.

Para Geografia, eis um problema. Para geografia física, em geral recomenda-se livros de Colégio, como o Geografia do Brasil do Demétrio Magnoli, e para geografia política, o mesmo livro também é útil; todavia, conceitos mais profundos são abordados. Acho que o Por uma outra globalização do Milton Santos é ótimo, pois é pequeno e bem legal de ser lido, assim como o Geografia: pequena história crítica, de um autor que não me recordo, mas que é pequeno e fala sobre a história do pensamento geográfico no mundo. Bem legal. Peguem pesado também em dados do IBGE! São super importantes para vocês saberem sobre a demografia brasileira, migrações, etc. http://www.ibge.gov.br/

Para Direito, recomendo fortemente a leitura do Direito Internacional Público, do Francisco Rezek. Esse livro é um resumão da matéria da prova, além de ser bem fácil de entender. Para direito constitucional, recomendo o Direito constitucional descomplicado, do Marcelo Alexandrino e do Vicente Paulo e o Direito Constitucional Esquematizado, do Pedro Lenza. Ambos são fáceis de compreender, mas lembrem-se: direito requer memória boa quanto aos artigos, leis e disposições, além de ser a matéria que mais consegue fazer pegadinha. Peguem firme!

Para Economia, o Introdução à Economia do Gregory Mankiw é excelente. Vocês irão se assustar um pouco com o tamanho do livro, mas não temam. Ele é de facílima compreensão, além de ser muito legal de ser lido. Além dele, recomendo o Economia Brasileira do Gremaud, para história economica do Brasil, e o A ordem do progresso, do Marcelo de Paiva Abreu, também sobre a mesma matéria. Gosto muito de ambos. E sério gente, estudem bastante economia. Falo por mim, sempre gostei de economia e sempre fui boa nessa disciplina, mas ela pega bastante também.

Para Português, entramos na parte mais difícil. Português é uma disciplina ótima, adoro fazer exercícios, escrever, mas, principalmente, a sintaxe e a pontuação variam, algumas vezes, de autor para autor. As duas gramáticas que vinham sendo recomendadas nos últimos anos eram a do Celso Cunha e a do Evanildo Bechara. Bechara é mais tradicional, ao passo que Celso Cunha já aceita algumas concepções mais adotadas por gramáticos mais recentes. Eu, particularmente, tenho a do Celso Cunha, mas confesso que uso menos do que devia, por achar a leitura um pouco difícil. Recomendo que vocês tenham uma das duas e façam muitos exercícios, pois isso é essencial. A gramática deve estar em dia e com todas as regras na ponta da língua, pois isso ajudará na segunda fase. Quanto às obras literárias, sempre tenham na cabeceira um livro do Machado de Assis. Além de seus livros serem ótimos e muito bons para aprendizado de novas palavras, ele é sempre cobrado nas provas, ou, pelo menos, sempre foi. Obras como Memóras Póstumas de Brás Cubas, Papéis Avulsos, Memorial de Aires, frequentemente caem. Além dele, Joaquim Nabuco também é muito apreciado, com sua obra Minha Formação, assim como Sérgio Buarque de Holanda, com Raízes do Brasil, e Gilberto Freyre com Casa-grande & Senzala. Ah, sim, faltou ainda falar de um livro ótimo que se aplica tanto para economia quanto para Português, que é o Formação Econômica do Brasil, do Celso Furtado. Esse livro é ótimo, gostoso de ler e útil para ambas as disciplinas. Recomendo!

Além disso, há também os Manurais do Candidato da própria Fundação Alexandre Gusmão, do MRE, que são ótimos também. Já lí alguns, e o de Geografia, da Bertha Becker, de PI, da Cristina Pecequilo e o de História Mundial, do Paulo Vizentini, me foram muito úteis.

Bom, gente, sei que isso nunca substitui a bibliografia da prova, até porque isso aqui não é oficial, mas foi o que sempre me recomendaram ler ao longo dessa minha caminhada de estudos para o Rio Branco. Assim como meus professores e amigos vêm me ajudando, espero poder ajudar vocês que têm o mesmo sonho que eu! É isso, não desanimem, nunca, pois a provação para ser diplomata começa bem antes da prova.

Qualquer dúvida, estou às ordens.

Um grande beijo a todos,

Luiza

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Um guia de estudos sem bibliografia: como faz?!



Queridos,

Atendendo aos pedidos de alguns leitores, resolvi comentar sobre o guia de estudos da prova de 2011, que saiu sem bibliografia. Confesso que, assim como vocês, não entendi muita coisa quando ví aquele guia de estudos, mas após pensar um pouco, tenho lá algumas especulações.

Antes de mais nada, passei a achar que essa prova vai ser a prova mais atípica (leia-se: difícil) dos últimos cinco anos. Desde que as vagas aumentaram, a prova veio adquirindo um padrão, um modelo, que veio sendo cada vez mais estudado pelos candidatos à carreira e pelos cursinhos. Hoje em dia, aqueles que se preparam em cursinhos sabem como a prova é, quais matérias caem, como caem. As pessoas passaram a ficar muito treinadas para essa prova, uma vez que ela veio ficando ficando mais previsível. Isso não é ruim, claro, especialmente para quem se prepara para ela, mas acho que, talvez, com a redução de vagas, a inteção seja mudar um pouco isso e democratizar mais as coisas. Com uma prova menos previsível, pessoas diversas têm oportunidade de passar, quem fez cursinho, quem não fez, quem é concurseiro, quem não é. A sorte vai contar muito, além do conhecimento.

Tendo dito isso, acho que a não sugestão bibliográfica vai por aí. Acho que os examinadores desse ano querem ver mais dos candidatos por si próprios, suas ideias, suas palavras, sua forma de elencar conhecimentos, independentemente de uma preparação prévia específica em cursos. Acho, talvez, que a inteção seja democratizar o acesso para todos, independentemente da formação  e diversificar mais quadro de diplomatas,. Isso pode ser observado, também, na abertura de cotas para afrodescendentes, da primeira para a segunda fase. Claro que a bibliografia é útil - e muito! -, mas, querendo ou não, todos os que se preparam para esse concurso já fazem uma ideia de quais são os livros indicatos e os autores cotados. O lance vai ser como iremos utilizá-los, sobretudo na segunda e na terceira fases.

O que me preocupa mais são os recursos. Quando você não tem uma bibliografia indicada no edital, você não terá como entrar com recursos quanto a uma devida resposta. Você pode até saber que o item está errado, pois o José Murilo de Carvalho fala "a" e não "b", mas o José Murilo não está na bibliografia! O que você poderá fazer?! Niente, nadie, rien, nada mesmo. De tudo, isso aí vai ser o pior, mesmo.

Esse ano a prova vai ser tensa. Vai ser a prova mais tensa dos últimos anos - e logo na minha vez! -, uma vez que teremos milhares (sim, milhares) de candidatos muito bem preparados, apenas 26 vagas, cotas e um guia de estudos sem bibliografia. Mais do que estudo, essa prova irá requerer sorte e muito, muito jogo de cintura, para lidar com as questões de forma apropriada - mesmo sem saber o que é apropriado nesse momento!

A dica que eu dou para todos vocês é: continuem seguindo as sugestões de leituras dos guias anteriores, sobretudo o de 2010. Os temas permanecem os mesmos, os autores principais, também, assim como as gramáticas, etc. e tal. Quanto à segunda fase, de português, isso aí é um mistério. Estávamos achando que, talvez, Casa-grande & Senzala saísse, assim como Visão do Paraíso, mas, agora, é impossível saber. Acho que talvez só saia na época da segunda fase, quando sair a lista com os aprovados.

Bom, mais uma vez, o que coloquei aqui são apenas especulações minhas. Ninguém sabe mesmo, mas, tendo em vista as mudanças na prova, acho que talvez esse guia sem bibliografia seja por isso - ou então foi erro mesmo e daqui a pouco aparece uma retificação (vamos torcer!). rs

Boa sorte a todos nós! Vai ser um tiro no escuro, mas o que não é assim nesta vida?

Beijo grande.

Luiza


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Homangem a Ramiro Saraiva Guerreiro, o Chanceler do Universalismo



Caríssimos,

É com pesar que venho, hoje, aqui, escrever esse post, em homenagem ao falecido Chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro. Ele faleceu ontem, em função de paradas respiratórias, e eu resolvi fazer uma homenagem a ele, bem como uma pequena retrospectiva de sua atuação como Ministro das Relações Exteriores do Presidente Figueiredo.

Particularmente, tenho grande admiração por Saraiva Guerreiro. Tive a sorte, e a honra, de fazer minha monografia sobre sua atuação no caso da Guerra das Malvinas de 1982, e estudei a fundo sua diretriz política e sua condução do Itamaraty no evento em questão. Saraiva era um grande defensor da multilateralização das relações exteriores do Brasil, bem como um diplomata muito envolvido com as causas da integração regional.

A política externa do General João Baptista Figueiredo é muito conhecida por dar continuidade às diretrizes da política externa pragmática de Geisel, bem como por ter enfrentado uma conjuntura sistêmica adversa. Nos anos 80, a situção dos países da América Latina era de crise da dívida externa e de uma redução nos seus mercados consumidores. Os juros estavam altos, em função da reagonomics e do monetarismo adotado pelo presidente norte-americano, e do II Choque do Petróleo de 1979. Esses fatos resvalaram sobre os imensos empréstimos que haviam sido tomados pelo Brasil em tempos anteriores, sobretudo durante o II PND, após o Primeiro Choque do Petróleo, contribuindo para um aumento incrível da dívida externa do país. 

Para manter o país autônomo e dar continuidade ao projeto desenvolvimentista nessa situação adversa, Figuereido nomeou, para ser seu Chanceler, Ramiro Saraiva Guerreiro, que ficou conhecido com o Chanceler do Universalismo. O objetivo de Saraiva Guerreiro era manter a autonomia do Brasil, como Geisel havia feito com seu Chanceler Azeredo da Silveira; porém, agora, a situação era muito mais desfavorável. Saraiva adotava um perfil terceiro-mundista, direcionando esforços para a atuação brasileira em fóruns do Movimento dos Não-Alinhados (diante dos pólos da Guerra Fria) e denunciando as estruturas politicas e econômicas internacionais que perpetuavam a desigualdade e o subdesenvolvimento.

É interessante observar que a política externa de Saraiva Guerreiro acabou atribuindo grande importãncia à América Latina, sobretudo à América do Sul. Isso se deve ao fato de que os esforços de cooperacação com a África foram limitados, em função da crise da dívida naquele continente; além disso, a intensificação da cooperação com o Oriente Médio também foi dificultada, em função da Guerra do Iraque de 1980 e suas consequências sobre a região. O Brasil acabou por se fazer mais presente na América Central, participando do Grupo de Apoio a Contadora, que tentava mediar as intevenções norte-americanas na América Central,  e na América do Sul, que se tornava, cada vez mais, um espaço valorizado para a diplomacia brasileira.

Para Vizentini, as relações bilaterais extra-hemisféricas atingiram seu apogeu no Universalismo de Saraiva Guerreiro. O Brasil continuava a política de Geisel, de estabelecer boas relações com todos os hemisférios de mundo e buscar aprofundar suas relações; todavia, os resultados foram limitados, em função das tendência desfvoráveis que pairavam sobre o mundo, naquele momento. A cooperação com a Europa Ocidental e as potências do Primeiro Mundo foram limitadas; as relações com a África permaneceram estratégicas e em aprofundamento, mas seus resultados também foram minimizados; com o Oriente Médio, o mesmo se aplica, ficando as relações mais restrita à venda de material bélico, a forma de inserção encontrada naquele momento.

Nesse momento, a integração sul-americana, sobretudo com a Argentina, começou a ganhar força. O Brasil do governo Figuiredo assinou, em 1979, o Tratado de Corpus-Itaipu com a Argentina, solucionando as questões pendentes sobre a instalação da usina hidrelétrica binacional, e abrindo espaço para a assinatura do Acordo Tripartite, que deu origem à Hidrelétrica de Itaipú. Posteriormente, em 1982, o governo Brasileiro adotou neutralidade não equidistante em favor da Argentina na Guerra das Malvinas (de acordo com Hélio Jaguaribe), ganhando a credibilidade e a confiança do governo Argentino que, naquele momento, enfrentava o governo Britânico pela posse das Ilhas no Altãntico Sul.

Vizentini diz que Figuereido e Saraiva Guerreiro substituíram o pragmatismo responsável de Geisel pelo Universalismo, no qual, pela primeira vez, a América Latina era a prioridade da agenda brasileira, ultrapassando a retórica e as iniciativas de alcance ilimitado. Era o início de uma política assertiva rumo à integração regional, que pode ser observada na substituição da ALALC pela ALADI, em 1980, mediante o Tratado de Montevidéu, na participação do Brasil no Grupo de Cartagena, sobre a politização da dívida externa dos países latino-americanos e no Grupo de Contadora.

O objetivo do Universalismo de Guerreiro era permanecer com o projeto desenvolvimentista autônomo brasileiro em um mundo com condições desfavoráveis. A busca por manter a profundar a multilateralização das relações exteriores do Brasil mostram isso. Apesar de todas as dificuldades, o Universalismo de Saraiva Guerreiro foi bem sucedido, na medida em que conseguiu aprofundar os laços da integração regional, manter boas relações com os mais diversos hemisférios e dar algum alento à Balança Comercial brasileira, que atingiu superávit nessa época - mas que, no entanto, não foi suficiente para minimizar os danos causados pela dívida externa.

Saraiva Guerreiro, Chanceler do Universalismo, foi um modelo de diplomata que soube aproveitar os grandes feitos do passado e moldá-los de acordo com o presente. Descanse em paz, Chanceler.


Um beijo a todos,

Luiza

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Retificando: edital e o número de vagas

Bom, galera, ao que tudo indica serão mesmo 26 vagas. O site do CESPE (www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2011) já está com o número de vagas em 26 desde ontem e, até agora, nenhum comunicado saiu. Além disso, os jornais já publicaram as matérias falando sobre o número de vagas em 26. Acho difícil mudar.

De qualquer forma, é isso aí. Agora é estudar muito!!! Tá na hora de começar as revisões :)

Qualquer outra notícia eu passo pra vocês!

Beijos

Luiza

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

SAIU O EDITAL!!!

Gente, saiu o edital!!!! Ta uma comoção aqui em Brasília e nos cursos.
Ninguém sabe se serão 26 ou 60 vagas, pois o site do cespe fala em 26, mas o edital, ao final, fala em 60 ( e o site já mudou umas duas vezes!!!). Ta uma doidera.

A prova sofreu algumas alterações também. Não são mais 80 questões objetivas, na primeira fase, mas 65. As demais fases estão mais ou menos iguais.

A data da prova eh 06 de abril.

Aqui vocês encontram o edital: http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2011/

Animo, gente! Torçam por mim!

Beijos!!!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Chuvas na região serrana do Rio: possíveis causas e como ajudar.



Queridos leitores,

Creio que todos vêm acompanhando a situação de calamidade na qual as cidades serranas do Rio se encontram. As chuvas, ultimamente, têm sido muito fortes e, combinadas com cidades construidas em morros e vales e com a falta de infraestrutura, tivemos o que tivemos, mais uma vez.

Não sei se vocês sabem, mas sou de Petrópolis. Morava lá antes de me mudar para Brasília, e fiquei muito chateada com a situação. Graças a Deus meus amigos e parentes estão bem, mas a cidade está calamitosa. Meus amigos estão se mobilizando para tentar ajudar as pessoas desabrigadas (que, somando todas as cidades, já são mais de 6 mil), fornecendo alimentos, roupas, remédios, tudo o que eles precisam para conseguirem se manter até que seja possivel realocá-los.

A região serrana do Rio é área delicada, por ser formada por morros e vales e por ter um índice pluviométricos muito alto. Essa intensidade de chuvas na região é decorrente da sua localização próxima do mar e de sua altitude mais elevada, o que colabora para a formação de nuvens carregadas e de precipitações, sobretudo nessa época do ano.

Além de fatores climáticos que colaboraram para esse ocorrido, os fatores geológicos são relevantes. A serra fluminense é formada por escudos cristalinos, formações geológicas muito antigas, que têm como características a presença de minerais metálicos em sua composição química e a alta absorção da água das chuvas. Essas características levam o solo da região serrana a ser muito sujeito a processos de lixivização e laterização, que representam, respectivamente, o processo de lavagem dos minerais hidrossolúveis, em função das altas chuvas, e o processo de criação de uma crosta no solo, em decorrência desses metais solúveis, que impede e aderência das plantas no solo. Com isso, a terra desce.

Some-se às característricas supracitadas as construções em áreas ainda mais vulneráveis e perigosas (e não permitidas pelo governo) e, infelizmente, teremos e que tivemos. Por mais que muitos culpem o governo e a irresponsabilidade das pessoas, a região possui características muito complexas, naturalmente. Se os índices de chuva não fossem tão intensos, talvez as coisas fossem diferentes, mas, infelizmente, não são.

Neste momento, a única coisa que podemos fazer é tentar resgatar as vítimas e ajudar as pessoas que estão desabrigadas. Para isso, peço a ajuda de vocês leitores, para que ajudem doando roupas, alimentos, remédios ou até mesmo dinheiro. Diversas instituições estão recebendo as doações nas mais diversas cidades, de Brasília ao Paraná, do Rio a Recife. Coloco, abaixo, algumas contas bancárias de instituições como a Cruz Vermelha e a ONG Viva Rio, que estão auxiliando na causa.

ONG Viva Rio:
Banco do Brasil, ag 1769-8, c/c 411396-9

Cruz Vermelha - Conta para desastres na região serrana do RJ:
Banco Real agência 0201, conta 1793928-5;

Além disso, o site da Tribuna de Petrópolis está com mais informações sobre os pontos de recolhimento das doações. http://www.e-tribuna.com.br/
É isso, gente. Estou rezando por aqueles da minha cidade e das cidades vizinhas. Espero que consigamos superar essa situação tão dífícil.

Contamos com a ajuda de vocês.

Beijos,

Luiza


Créditos da imagem: Jornal O Globo Online http://www.oglobo.globo.com/

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quero ser diplomata, mas que curso superior eu faço?

Oi gentes queridas,

Após receber alguns emails com a pergunta acima, eu resolvi postar sobre isso aqui na tentativa de dirimir algumas dúvidas da galera que quer ser diplomata. Vou tentar ser o mais imparcial possível (afinal, eu fiz RI rsrs) e espero que eu consiga ajudá-los! Let's go!

Bom, como alguns de vocês devem saber, não existe um pré-requesito quanto à formação acadêmica para ser diplomata. É preciso apenas ser graduado em nível superior e pronto. Pode ser em qualquer coisa! ´Lá no Itamaraty há diplomatas formados em Direito, Relações Internacionais, Economia, História, Medicina, Letras, Química, Biologia, Publicidade, Administração... ou seja, quase todos os cursos. É claro que há alguns cursos que dominam, como é o caso de Direito e de RI, mas, no geral, trata-se de uma casa bem democrática.

A maioria das pessoas, ultimamente, vem preferindo fazer cursos de Relações Internacionais, pois trata-se de um curso bem diversificado, onde o aluno entra em contato com os principais assuntos da prova, como história geral, política externa, economia básica, temas contemporâneos da agenda internacional e, principalmente, com o vocabulário específico da área. O curso de Relações Internacionais surgiu na Universidade de Brasília justamente com o propósito de preparar aqueles que futuramente seriam diplomatas, tanto que, inicialmente, seus professores eram os mesmos do Instituto Rio Branco. A partir daí, outros cursos começaram a surgir, como na Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, e em outras universidades, públicas e privadas.

Apesar dessa difusão, RI ainda não é um curso tão popular assim e não existe em todas as universidades, por se tratar de um curso bem recente (estamos falando dos anos 70). Esse fator leva muitas pessoas a se formarem em Direito, também já com vistas de fazer o concurso depois. O curso de Direito sempre foi o que dominava no Rio Branco, mas, atualemente, vem equiparando-se a RI. Direito é um curso muito bom também, pois além de ser muito útil hoje em dia, seus alunos entram em contato com disciplinas como direito internacional público, direito internacional privado, direito comparado, etc. que também ajudam muito na hora de fazer o concurso, já que direito é uma das matérias constantes dessa nossa prova.

Conheço também várias pessosa formadas em Economia, e que também possuem vantagens por terem um nível excelente de conhecimento sobre essa disciplina na hora da prova, quando os demais mortais, como eu, estão lá pelejando para fazer cálculos de oferta e demanda e poder de compra do consumidor... rsrs.

Letras também é um curso que ajuda muito, pois ter um português culto, perfeito e erudito é algo imprescindível para a admissão, além de ser muito útil ao longo da carreira.

Bom, como vocês podem ver, todos os cursos possuem um lado positivo, quando pensamos na prova, e, também, suas fraquezas. Os cursos mais específicos, como direito, letras, economia, história, dão às pessoas uma formação muito mais profunda e um conhecimento muito maior nessas matérias, porém é preciso, depois, se dedicar integralmente às demais matérias que não foram vistas ao longo do curso. Já o curso de RI dá uma base em todas as matérias que caem na prova, mas, depois, é preciso se aprofundar ainda mais nelas, pois não dá pra ficar só no básico para passar nesse concurso.

 O mais importante é ver qual curso se adequa mais a você e a seus planos de vida. No meu caso, especificamente, eu sempre soube que queria a diplomacia e, por isso, escolhi fazer RI para me familiarizar com os temas, com os termos e com a forma de pensar do internacionalista; no entanto, cada um é cada um. Conheço muitas pessoas que também querem a diplomacia e, no entanto, optaram por fazer Direito, História, etc. Cada um tem um caminho diferente.

Resumo da ópera: a formação ajuda sim, mas não é tudo. O diferencial é você quem faz, depois que se forma, estudando muito muito muito as matérias da prova. O importante, mesmo, é ter um diploma universitário, pois, sem isso, você não pode ser diplomata; agora, como você chegará lá, é um caminho que só você poderá percorrer. 

Bom, espero que isso tenha ajudado alguns de vocês. No mais, para o que precisarem, podem entrar em contato comigo por email que responderei a todos. :)

Força, galera! Espero vê-los todos no Itamaraty, um dia, como meus colegas!

Beijos,

Luiza 

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ano novo, vida nova, blog novo!

Boa noite!

Após um dia relativamente produtivo - leia-se, mais para menos do que para mais - resolvi postar aqui para esparecer um pouco.

Amanha começo minhas novas aulas de português, agora mais direcionadas ao TPS, e continuo com as minhas outra aulas, de geografia, política internacional, etc. Tem sido beeem difícil ficar o dia inteiro em casa só sentada, estudando e lendo jornal, mas agora é a hora. Depois entrarei na fase de fazer só exercícios, mas estou esperando sair o edital, afinal, ninguém sabe se o concurso vai ser com 26 vagas mesmo, se vão esperar a lei ser aprovada, se vai ser em março ou em abril... O negócio é que, enquanto isso, eu estudo mais, leio mais e vou me aperfeiçoando naquilo que ainda preciso me esmerar :)
Ah sim, não sei se alguns de vocês repararam, mas o blog ganhou uma cara mais funcional, nos últimos tempos. Resolvi que era hora de separar as coisas e levar meus pensamentos viajantes para outro lugar, que não para o espaço direcionado para a minha caminhada rumo à diplomacia e aberto àqueles interessados no assunto. Para as minhas viagens, reservei um outro espaço, onde não encherei a cabeça de vocês; aqui continuará sendo o diário da minha caminhada e dos meus estudos e o espaço para aqueles interessados no assunto tirarem dúvidas e fazerem comentários.

Além disso, queria dizer que estou adorando receber os emails de todos que, assim como eu, também têm o sonho de ser diplomatas. Fico realmente MUITO feliz em poder esclarecer algumas dúvidas, indicar leituras e ajudar, de alguma forma, aqueles que também perseguem esse objetivo. ;) Essa é a intenção do blog! Acho que fica bem legal assim!

Bom, vou la ler mais uns textos agora. Estou super feliz porque ontem terminei de fichar o Rezek, mas mais coisa me espera, então, allons-y! :)

Muitos beijos a todos,

Luiza

domingo, 9 de janeiro de 2011

Pegando no tranco!



Bom dia!!


Após um dia super agradável, ontem, com minha melhor amiga, com direito a croque monsieur e tudo, hoje retorno, mais uma vez, com ânimo total aos estudos. Tá, vamos combinar que "ânimo TOTAL" foi meio forte, já que, apesar da minha imensa vontade, a preguiça tem sido cruel comigo, nesses últimos dias. Resolvi colocar até essa fotinha do "pegando no tranco" só pra fazer uma graça, pois é um pouco assim que tenho estado ultimamente... hahahaha.

Voltar do navio e começar a estudar direto, no tranco, não tem sido tão fácil. A viagem foi tão maravilhosa e eu voltei em uma paz tão grande que, às vezes, tudo o que eu menos quero é sentar e começar a pensar; quero ficar apenas pensando em nada, olhando a vista da minha janela, escrevendo no blog, tomando um café, meditando; mas sei que faz parte do desafio. That's the challenge para quem se dispõe a ser diplomata; nem sempre você vai querer estudar, mas terá que fazê-lo. Melhor fazer feliz e de bom grado, então, não é? :)

Tenho estado feliz com a aproximação da prova. Sei que o edital não saiu ainda e que não há previsões sobre quando a prova será, ou como será, mas tenho ficado feliz em saber que estou tão próxima daquilo que sempre esperei. É uma sensação engraçada: um misto de alívio, alegria, ansiedade, pressa e paz. Alívio por finalmente ter passado uma fase tão longa, que é a faculdade; alegria por estar tão próxima daquilo que é seu sonho de vida; ansiedade e pressa para que tudo dê certo e chegue logo; paz porque essa é a certeza maior que eu tenho na minha vida.

Para pegar no tranco, resolvi reler algo que muito me agrada. Para isso, escolhi o livro do Moniz Bandeira "Argentina, Brasil e Estados Unidos: da tríplice aliança ao Mercosul", juntamente com o do Amado Cervo e Clodoaldo Bueno "História da Política Exterior do Brasil". Já comentei desses livros com vocês há um tempo atrás. Eles são realmente bons, tanto historicamente e em matéria de dados, quanto em matéria de conceitos e paradigmas de política internacional. Recomendo-os fortemente para a prova, no entanto, como um professor meu me disse, uma certa vez, "é preciso se basear mais firmemente sobre os conceitos do HPEB; o Moniz Bandeira é mais rico em dados". Fica a dica :)

Isso me faz ver o quanto acho engraçado estar sempre lendo livros de história e de política internacional. Nunca ví uma pessoa que lê tanto sobre história (depois do meu pai, claro)! Eu acho que, em função de ter muitas datas, eventos, nomes de acordos, nomes de políticos, etc. eu tenho um certo receio quanto à magnitude da disciplina e, por isso, estou sempre com um livro de história na mão. Eu até me disponho a ler sobre outras coisas, como geografia, economia, português, mas acho que são matérias mais fáceis de se aprender em aula, ao passo que história requer muita leitura. Assim sendo, lá estou eu, novamente, lendo livros e livros de história e PI (que não deixa de ser uma história bem contemporânea). rsrs. Acho que tenho sangue de historiador, sabe...

Acho que estudar história é fundamental para se compreender todas as demais disciplinas. Você fala de história em geografia, na formação territorial e urbana, em economia, nos planos econômicos adotados, na explicação da situação de crise ou prosperidade de um país, em português, ao estudar os movimentos literários e suas origens, em direito internacional, nos tratados constitutivos de organizações internacionais, nos tratados de paz, de desarmamento, enfim, em tudo. Claro que não é preciso ser como eu, que sou praticamente uma maníaca por história, mas acho importante ter uma forte base histórica, nessa prova.

Outro ponto importantíssimo, e que também sempre me pego pensando sobre, é português, mais especificamente análise sintática. Nossa, outro dia quase caí dura pra trás. Havia um tempo que eu não pegava para estudar orações subordinadas e esse tipo de coisa, e, quando o fiz, ví que tinha me esquecido de quase tudo. Pense no desespero. Sei que essa parte de português é prática, mas ela é essencial no concurso, tanto no TPS quanto nas demais fases, na quais é preciso escrever perfeitamente e com vírgulas meticulosamente colocadas. Fica a dica, também: estudem muito bem português! Escrever bem é o passo mais importante para o candidato à diplomacia. Você pode saber tudo, mas se não souber como mostrar para o examinador, complica.

Bom, gente querida, eu vou agora retornar às minhas leituras. Vou ver se pego algo sobre história da literatura hoje, também (afinal, é história, né?) rsrs.

Um grande beijo e um ótimo domingo a todos!

Luiza

PS. Ah, olhem que legal essa matéria do Estadão que um amigo me mandou, sobre todos os presidentes brasileiros, de Deodoro a Dilma: http://www.estadao.com.br/especiais/de-deodoro-a-dilma,128452.htm Pode ajudar a alguns dos meus queridos leitores!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

É chegada a reta final; mas cadê o edital?

Queridos,

Após esse início de ano marcante nos rumos do país e da nossa política externa, confesso que o estímulo para continuar estudando e, um dia, fazer parte dessa história, se tornou ainda maior. Tenho estudando ávidamente, com muita paixão e dedicação; no entanto, cadê o edital? rs.

Nós, que estamos estudando para a prova do Rio Branco, sabemos, mais ou menos, como a prova deverá ser, porém, é o edital que rege o concurso e, consequentemente, seus métodos de avaliação. A previsão era de que o edital sairia até finais de dezembro passado, no entanto isso não aconteceu.

Os pessimistas acreditam que o edital pode estar sofrendo alterações significativas em sua bibliografia e nas formas de avaliação. Os mais positivos, como eu, estamos felizes de termos mais tempo para estudar. Se não olharmos o lado bom da coisa, quem irá fazer por nós??

A todos aqueles que, como eu, estão estudando para a prova, desejo boa sorte! Aproveitem esses últimos meses (dois, talvez?) para revisar, fazer exercícios, ler aquilo que ainda falta ler e, principalmente, para se equilibrarem psicologicamente, pois essa é a parte principal do concurso.

Não sei se vocês lembram, mas, no início desse ano, fiz a prova do CACD no Rio e a prova foi um fiasco! Consegui fazer a prova com a caneta errada, ficar com excesso de cafeína no organismo e, até mesmo, derramar coca na mesa. rsrsrs. Recomendo a todos os meus queridos futuros colegas que leiam bem o edital, assim que ele sair, e que mantenham a calma. Tenham em mente que o que tiver que ser será e que as coisas sairão exatamente como está escrito, pelo menos é nisso que eu acredito.

Bom, é isso. Depois de um dia muito inspirador (passei no Itamaraty para rever queridos amigos - e futuros coelgas), vou voltar a estudar um pouco!

Ah, e não se esqueçam, o edital deve sair ainda nesse mês, no site do Cespe: www.cespe.unb.br/concursos

Beijos e suerte a todos!

Luiza

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

As mudanças na política externa em 2011: os novos Chanceler e Secretário Geral do Itamaraty.

Queridos,

Antes de mais nada, gostaria de desejar a todos um feliz ano novo! Que 2011 seja o ano da afluência, como me disse um professor e amigo, e que seja o ano das conquistas profissionais. Que seja o ano da realização do meu sonho e da minha meta de entrar finalmente no Itamarty.

Sei que fiquei ausente por uns tempos, mas foi preciso. Após um ano tão cansativo como o ano passado, precisei me retirar para Petrópolis por uma semana e, depois, fiz uma viagem com a família, para comemorar o Reveillon. Foi ótimo. Estou descansada, tranquila e cheia de ânimo para dar continuidade à minha caminhada.

2011 é, também, ano de grandes mudanças na política do nosso país. Não apenas pela posse presidencial de uma mulher, a primeira na história do país, mas também pela mudança da Chefia do Itamaraty: tanto em função da mudança do Chanceler, quando em função da mudança do Secretário Geral. Celso Amorim deu lugar a Antônio Patriota, que será o novo chanceler, ao passo que este deu lugar ao Embaixador Ruy Nogueira, que será o novo Secretário Geral.

Não sei se todos têm conhecimento sobre a diferença entre essas funções, e, por isso, vou explicar brevemente. O Chanceler é o mais alto cargo político da diplomacia. Ele é o chefe do Itamaraty e é quem dá as diretrizes políticas, porém sua nomeação é política e, para tal, não é preciso ser diplomata de carreira. O Secretário Geral também é cargo de igual importância, porém trata-se de um cargo majoritariamente administrativo. O SG é o chefe da casa e cuida de assuntos relativos à administração interna, ao funcionamento das divisões, departamentos e subsecretarias. O Secretário Geral sempre é um diplomata de carreira e, por isso, é o mais alto cargo que um diplomata pode chegar, sem que seja preciso possuir uma indicação presidencial para isso.

Assim como na gestão anterior, nessa nova gestão que agora se inicia, teremos um Chanceler e um SG que são, ambos, diplomatas de carreira. Apesar de mais jovem, Antônio Patriota já serviu em importantes postos, ao longo de sua carreira, como em Nova York, na delegação brasileira nas Nações Unidas, em Genebra e em Washington, onde serviu como Embaixador até ser chamado para a Secretaria Geral, em meados do ano passado. Ruy Nogueira é mais antigo na carreira e tem longo histórico de brilhante atuação em postos como Roma, Venezuela e Londres, além de ter atuado, até recentemente, como Subsecretário de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial do Itamaraty.

A tendência do Itamaraty é permancer regido pelas mesmas linhas de autonomia pela diversificação que vinha seguindo até antes da mudança de governo; no entanto, espera-se do novo Chanceler uma renovação e modernização, baseadas sempre nas tradições de inserção internacional da política externa brasileira e em suas prioridades estratégicas internacionais.

Transcrevo, abaixo, o discurso do nosso novo Chanceler, Antônio Aguiar Patriota, por ocasião de sua posse, no dia 02 de janeiro último.

"Minhas primeiras palavras são de agradecimento à Senhora Presidenta da República pela honra com que me distingue ao nomear-me Ministro das Relações Exteriores.

Com entusiasmo antecipo a distinção de servir à primeira mulher a presidir o Brasil. A eleição de uma Presidenta é um acontecimento de importância intrínseca: é mais uma expressão concreta dos ideais de justiça, eqüidade e democracia que nos unem a todos como cidadãos brasileiros. Nossa Presidenta, Dilma Rousseff, representa honestidade intelectual, espírito público, destemor em face de desafios de qualquer tamanho, sensibilidade e humanismo. Para o Itamaraty, representa a certeza de que o Brasil continuará a afirmar-se como um interlocutor cada vez mais ouvido e respeitado no plano internacional.

Querido Embaixador Celso Amorim, meu Chefe por tantos anos – e sempre amigo. Vossa Excelência foi e seguirá sendo, para mim e para muitos de nós, fonte permanente de estímulo e inspiração. Foi na gestão de Vossa Excelência que o Brasil se consolidou, a um só tempo, como um país sul-americano convicto e um ator de influência mundial. Seu legado será referência incontornável em nossa História Diplomática. Faço votos de que, ao lado de nossa querida Ana Maria, seja muito feliz nesta nova etapa da vida. Ainda que de formas distintas, tenho certeza de que o Brasil continuará contando com a força de seu intelecto e sua coragem moral.

Para corresponder à confiança em mim depositada pela Presidenta Dilma Rousseff, dependerei de esforços coletivos, que envolverão necessariamente a valiosa colaboração e dedicação de todos os colegas: funcionários diplomáticos e administrativos, na Secretaria de Estado e nos Postos no exterior.

Aproveito esta cerimônia de transmissão de cargo para oficializar o convite ao Embaixador Ruy Nogueira para assumir a Secretaria-Geral das Relações Exteriores. Sua vasta experiência, seu profissionalismo, sua integridade pessoal serão particularmente apreciados neste momento em que enfrentamos uma agenda externa crescentemente ampla e complexa, e capacitamos o Itamaraty para defender os interesses de um novo Brasil.

Atuarei em estreita cooperação com o Secretário-Geral, com os Senhores Subsecretários e demais Chefias da Casa para levar adiante uma gestão inclusiva e integradora. Uma gestão que continue a valorizar a nossa principal vantagem comparativa, que são os recursos humanos, e que busque valer-se das novas tecnologias da informação para modernizar nossos métodos de trabalho.

Acredito que a escolha de um diplomata de carreira para o cargo de Ministro das Relações Exteriores pode ser interpretada como uma demonstração de respeito pelos quadros especializados deste Ministério e de reconhecimento por nosso compromisso com o Estado brasileiro – um Estado que se coloca cada vez mais a serviço da sociedade como um todo, e dos menos favorecidos em primeiro lugar.

Senhoras e Senhores, caros colegas,

Orientaremos a ação externa do Brasil preservando as conquistas dos últimos anos e construindo sobre a base sólida das realizações do Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Brasil mudou muito em relativamente pouco tempo. Em um ambiente de liberdade de expressão e participação crescente de setores antes excluídos no processo político, logrou-se conciliar crescimento econômico com distribuição de renda, em contexto de aprofundamento de nossa democracia. Foram obtidos avanços no respeito aos direitos humanos, na valorização da cidadania, na modernização da atividade econômica, na promoção de um desenvolvimento mais justo e ambientalmente sustentável.

Deixamos para trás o tempo em que um acúmulo de vulnerabilidades nos limitava o escopo de ação internacional. Não subestimamos o muito que ainda precisamos realizar para garantir a cada brasileiro e brasileira educação e saúde de qualidade, segurança e oportunidades dignas de trabalho. Mas adquirimos uma autoridade natural para nos engajarmos em todos os grandes debates e processos decisórios da agenda internacional – políticos, econômicos, comerciais, ambientais, sociais, culturais.

É possível afirmar que, entre os pólos que configuram a nova geopolítica deste início de século, o Brasil, com sua tradição de paz e tolerância, se posiciona como um ator que reúne características privilegiadas para a promoção de modelos mais inclusivos de desenvolvimento e para o fortalecimento da cooperação entre as nações por intermédio de mecanismos de governança mais representativos e legítimos.

Permaneceremos atentos para evitar que os círculos decisórios que se formam em torno das principais questões contemporâneas reproduzam as assimetrias do passado, ignorando as aspirações legítimas dos que não os integram. Os G-20s e outros agrupamentos restritos só conseguirão consolidar sua autoridade se permanecerem sensíveis aos anseios e interesses dos mais de 150 países que não se sentam em suas reuniões.

Precisamos nos preparar para uma demanda por mais Brasil em todos os temas da frente externa. Dispomos para isso de uma apreciável rede de Postos no exterior, cujo ritmo de expansão tenderá a desacelerar-se. Mas precisaremos continuar a formar quadros que nos garantam um nível de profundidade reflexiva autônoma e de eficácia operacional compatíveis com nosso perfil de ator global.

Devemos ter presente que, como a sétima economia do mundo, e havendo implementado um conjunto de políticas econômicas e sociais que têm produzido resultados tangíveis, o Brasil gera uma expectativa natural, em searas de cooperação as mais diversificadas, junto a países menos desenvolvidos – na América Latina e no Caribe, na África, no Oriente Médio e na Ásia. Nossa capacitação em termos de prestação de cooperação técnica, de assistência na adoção de políticas públicas bem sucedidas ou de ajuda humanitária – não obstante os avanços consideráveis dos últimos anos – precisará modernizar-se para atender a essa demanda.

Deparamo-nos hoje com um mundo em que os consensos de outras eras são cada vez mais questionados e os antigos formadores de opinião encontram dificuldade crescente para fazer prevalecer suas idéias. As aventuras militares e as práticas econômicas irresponsáveis que desestabilizaram a ordem internacional nos últimos anos exigem que cada participante do sistema assuma plenamente seu papel no tratamento de questões que afetam a todos indiscriminadamente. O Brasil não se furtará a defender interesses nacionais específicos e imediatos, mas tampouco deixará de afirmar sua identidade em função de objetivos sistêmicos amplos, vinculados a valores que nos definem como sociedade. Continuaremos a privilegiar o diálogo e a diplomacia como método de solução de tensões e controvérsias; a defender o respeito ao direito internacional, à não-intervenção e ao multilateralismo; a militar por um mundo livre de armas nucleares; a combater o preconceito, a discriminação e a arbitrariedade; e a rejeitar o recurso à coerção sem base nos compromissos que nos irmanam como comunidade internacional.

Um breve olhar sobre o mundo que nos envolve nos revelará o acerto das opções dos últimos anos na promoção de agendas de ordem sub-regional, regional e global que se complementam ao mesmo tempo em que se ampliam – o que não impede que busquemos adaptações e reconsideremos certas ênfases, em função de desdobramentos nos planos interno e externo.

Ancorados em nosso entorno sul-americano, teremos a nossa disposição um MERCOSUL robusto e uma UNASUL crescentemente coesa. Compete-nos completar a transformação da América do Sul em um espaço de integração humana, física, econômica, onde o diálogo e a concertação política se encarregam de preservar a paz e a democracia. Onde os elos que vimos estabelecendo entre nossas classes políticas, nossos setores privados e nossas sociedades contribuirão para uma região cada vez mais unida no propósito de oferecer melhores condições de vida a nossa gente.

Central nesse empreendimento é a relação Brasil-Argentina, que vive hoje um momento de plenitude e avança em um vasto espectro de iniciativas que incluem áreas como a cooperação em matéria espacial e dos usos pacíficos da energia nuclear. E cada vizinho na América do Sul receberá uma atenção crescentemente diferenciada. Caberá aos Governos trabalhar mais e melhor para cobrir as lacunas de conhecimento e interação que ainda caracterizam o relacionamento entre os países da região. Nosso destino comum exige que conheçamos melhor a História, a demografia, o potencial econômico e a cultura uns dos outros – da Terra do Fogo à Ilha de Margarita. Não se faz integração sem diálogo permanente, sem engajamento intelectual e até mesmo, diria eu, sem emoção e idealismo. É nessa direção que precisamos trabalhar.

Para além da América do Sul, o processo que teve origem na Cúpula América Latina e Caribe da Costa do Sauípe se consolida na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos – a CELAC. Continuaremos engajados na pauta de cooperação com os países caribenhos, tendo como marco principal a Cúpula Brasil-CARICOM. Nosso compromisso com o Haiti, que enfrenta renovados desafios, insere-se nesse contexto.

A prioridade atribuída à vizinhança não se dará em detrimento de relações estreitas com outros quadrantes do Sul ou do mundo desenvolvido. Interessa-nos intensificar relações com uma pluralidade de parceiros nas esferas do comércio, dos investimentos, do diálogo político, entre muitas outras. Em um mundo no qual não se dissiparam ainda totalmente as dicotomias Norte-Sul, a ação diplomática do Brasil pode contribuir para a promoção de relações mais equilibradas em torno a interesses compartilhados. Nossos próprios imperativos de desenvolvimento econômico, social e tecnológico orientarão a busca de parcerias em uma variedade de temas, que incluirão a educação, a inovação, a energia, a agricultura, a produtividade industrial, a defesa; sem descuidarmos do meio ambiente, da promoção dos direitos humanos, da cultura, das questões migratórias.

Não enumerarei todas as parcerias estratégicas já estabelecidas, ou todos os mecanismos de aproximação inter-regional desenvolvidos nos últimos anos, sob a chefia do Embaixador Celso Amorim, que continuaremos a cultivar e aprimorar. Singularizo o IBAS, pelo seu valor emblemático como “mecanismo ponte” entre três grandes democracias multiétnicas do Sul. Acrescento que conversei com a Presidenta Dilma a respeito de um programa de viagens presidenciais para os próximos meses, que incluirá visitas aos países vizinhos e a alguns de nossos principais parceiros econômicos e comerciais, como Estados Unidos e China.

A Cúpula da ASPA, a realizar-se na capital peruana no próximo mês de fevereiro, constituirá uma valiosa oportunidade de contato da Presidenta com líderes da América do Sul e do mundo árabe. Comprometo-me ademais a manter uma agenda ativa com nossos parceiros na África – intensificando nossa cooperação e nosso diálogo com o continente irmão.

O comparecimento à posse da Presidenta Dilma de altos representantes de uma variedade de países, vários dos quais hoje aqui presentes – sejam de nossa região, da Europa, da África, do Oriente Médio ou do Extremo Oriente –, só pode ser visto como uma manifestação recíproca do interesse de Governos de todas as partes do mundo e de todos os níveis de desenvolvimento em fortalecer seus vínculos com o Brasil. Com relações diplomáticas que se estendem a virtualmente todos os países membros das Nações Unidas, o Brasil pode afirmar que pratica, hoje, uma diplomacia verdadeiramente universal.

Em paralelo à prioridade regional, à diversificação inclusiva de parcerias e ao aperfeiçoamento da governança global, não poderia deixar de mencionar a importância que continuaremos a atribuir às comunidades brasileiras no exterior. Seguiremos valorizando as atividades consulares e daremos continuidade a iniciativas pioneiras como a do Conselho de Representantes dos Brasileiros no Exterior.



A par dos progressos já alcançados, cumpre reconhecer que muito resta por realizar para que o Brasil se afirme como o País socialmente justo e democrático com que sonhamos; para que seu lugar no mundo reflita plenamente nossa vocação para o diálogo e a cooperação. Em última análise, esse será sempre um projeto inacabado, em que uma geração transfere para a seguinte as suas conquistas e as aspirações ainda não realizadas.

Surgirão desafios nas áreas econômica, financeira, comercial, ambiental que exigirão cuidadosa coordenação interna envolvendo diferentes setores do Governo e contatos com o setor privado, sindicatos, sociedade civil. A preocupação com a competitividade de nossa indústria e com a composição de nossa pauta exportadora requererá estratégias capazes de oferecer oportunidades para que conciliem interesses ofensivos e defensivos.

Manteremos contato com a presidência francesa do G-20 Financeiro e outros interlocutores, entre os quais os BRICS, para assegurar um ambiente propício à sustentabilidade da recuperação econômica e infenso a pressões protecionistas. Com o mesmo objetivo trabalharemos por resultados ambiciosos e equilibrados nas negociações da Rodada de Doha.

Senhoras e Senhores,

Comprometo-me a fazer o necessário para desenvolver uma comunicação abrangente com as diferentes Pastas do Executivo com as quais não podemos deixar de trabalhar em sintonia, como Justiça, Defesa, Indústria e Comércio, Fazenda, Direitos Humanos, Meio Ambiente, entre outras. O mesmo com relação ao Legislativo e ao Judiciário e, em sentido amplo, à sociedade civil, à comunidade empresarial, ao cidadão comum. Gostaria de ver o Itamaraty em contato com todos os Estados da Federação. Na verdade, a política externa serve a todas as esferas governamentais, e a todas as regiões do País. Por essa mesma razão, não devemos ser tímidos ao postularmos a alocação de recursos adequados para levarmos adiante nosso trabalho.

Importante também dizer que devemos à opinião pública, em cada circunstância específica, esclarecimentos sobre como encaramos o mundo e em que espírito interagimos com ele. Assim contribuiremos para o debate aberto e honesto que desejamos continuar promovendo sobre nossa política externa.

Senhoras e Senhores Embaixadores, caros colegas, amigo todos,

Temos diante de nós muito trabalho, em muitas frentes. Mas herdamos um País em excelentes condições econômicas e políticas; dispomos de uma Chancelaria que inspira respeito mundo afora; nos beneficiamos de um período de liderança particularmente inspirada e criativa. Sem minimizar os desafios do futuro, quero assegurar-lhes que dedicarei minha energia física e mental, o compromisso de uma vida inteira dedicada à diplomacia e alguma sabedoria e bom humor que terei adquirido no convívio com minha mulher, Tania, e com meus filhos, Miguel e Thomas, para contribuir para um Brasil, uma América do Sul e um mundo cada vez mais prósperos, justos e democráticos."
 
Que 2011 traga bons frutos a nossa política externa e ao novo caminho que agora se inicia. Este será certamente, um ano marcante para a política nacional. Nós estamos todos fazendo parte da história."

Bom, com esse discurso marcante do Chanceler Patriota, encerro meu primeiro post de 2011. Que 2011 seja o ano da afluência, da tradição, da renovação e, também, da integração.
Um beijos a todos. 
 
Luiza