Terminada a tempestade das provas, eis que surge uma nova fase de (aparente) calmaria. O mês pós-provas, embora em muito se assemelhe a férias, pode ser mais fielmente caracterizado como um período de espera, um intermezzo ou um verdadeiro limbo. Um interlúdio suave entre a noite e o nascer de um novo dia, entre o sim e o não, entre realizar o sonho e voltar à realidade.
O sentimento de satisfação decorrente do último dia de provas, tão vivo, tão forte, logo se mistura aos anseios e consequentes angústias que derivam da incerteza. Por mais esforços que empreendamos, é impossível não se indagar, ao menos uma vez, sobre as provas e sobre seus decorrentes resultados. Como é de se esperar, todos desejam ser bem sucedidos, o que causa certa aflição, ainda que velada, no âmago de cada um.
Após muito refletir (e lidar com esse sentimento), concluí que, nessa fase, nada mais há a ser feito. A missão foi concluída, e seus resultados transbordam toda e qualquer margem de nosso controle. Esperar é, de fato, a única opção, e aceitar o resultado é a possibilidade que resta. É preciso olhar para os aspectos positivos de se ter trilhado esse caminho, os aprendizados, as superações, e manter a cabeça erguida, independentemente daquilo que o destino tenha reservado a cada um de nós, jovens aspirantes a aprendizes de diplomata.
Nem sempre é fácil esperar por vereditos - nunca o é, em verdade. Nesse momento, todavia, pela primeira vez, os resultados independem diretamente de nós. Só nos resta passar por cima dos desejos e esperar, tanto pelo transcorrer do tempo quanto pela proclamação das efêmeras porém impactantes verdades. Que essa espera seja, então, ao menos regozijante e, se possível, relaxante. Afinal, se for preciso retomar os estudos, que ao menos se esteja revigorado e disposto para recomeçar essa longa jornada. Igualmente, se for preciso iniciar os estudos na casa de Rio Branco, deve-se estar igualmente disposto, uma vez que a rotina não é menos intensa, embora seja infinitamente mais prazerosa.
Em uma semana, as angústias terão fim e as perguntas serão respondidas. Para o sim ou para o não, o futuro não será mais tão incerto. Desejo a todos, como de praxe, sorte e calma. Acreditem, todos estamos no mesmo barco, navegando sutil e vagarosamente rumo ao desconhecido - e instigante - resultado do CACD 2012.
Beijos e abraços cordiais,
Luiza