Um quê de rebeldia...

Oi queridos.

Venho aqui, hoje, para desabafar um pouco. A empreitada rumo à segunda fase tem sido tensa. Tensíssima. Faço aula de redações 3x por semana, mas não no curso em que a maioria dos meus colegas está fazendo. Tenho aulas com um professor mais cabeça aberta, que nos passa temas sobre Platão, Iluminismo, Camões, e não apenas sobre Machado de Assis, Joaquim Nabuco etc. Acho super legal, mas confesso que tenho certa dificuldade de me ater aos temas. 

Me deparei com um lado rebelde meu. Sou demasiadamente criativa! Para algumas coisas, claro. Para outras, sou uma porta. Minha maior dificuldade é a de elencar os conhecimentos de forma racional e seguindo a linha do comando da redação. Que coisa difícil! rs. Meu professor vive brigando comigo, pois eu sempre arrumo um jeitinho de virar o tema exatamente para aquilo que eu quero escrever. Um problemão para essa prova.

Adoraria que a redação fosse livre. Imagina, que delícia! "Disserte sobre o que quiser." Hahahaha. Muita gente ficaria maluca, mas acho que eu, particularmente, curtiria horrores. Todo dia escrevo umas duas redações sobre temas aleatórios, que vão desde a história da literatura brasileira até a simples falta de inspiração para escrever. Adoro, é uma delícia, as coisas fluem. Agora, é só me dar um comando restritivo demais que me vejo tolhida, amarrada, sem inspiração. Se bem que, se o tema for for história ou política externa, eu até gosto... rsrs. 

O grande desafio das provas de redação é esse: escrever muito bem sobre algo que você nem sempre domina. Nesse sentido, os estudos para essa prova de segunda fase não são necessariamente baseados em leituras, em adquirir mais conhecimento. Todos que nos preparamos para a carreira diplomática temos muito conhecimento (ou ao menos algum) sobre muitas coisas. É preciso, no entanto, saber dissertar sobre qualquer coisa, saber falar sobre aquilo que lhe for pedido, como deverá fazer, sempre, um bom diplomata. 

A dica que dou a todos que estão se preparando para a segunda fase é: pratiquem muito. Escrevam redações das provas antigas, leiam os guias, escrevam (de vez em quando) sobre temas aleatórios, a fim de treinar a estruturação do texto, mas pratiquem, e sobretudo atenham-se ao tema, pois essa pode ser a parte mais difícil para alguns. 

Bom, é isso. Vim apenas compartilhar um pouco da rotina com vocês. Agora, volto aos estudos.

Beijos,

Luiza